segunda-feira, 6 de outubro de 2008

OS (DES) AGRAÇADOS

"O Desconcerto do Mundo"



Tudo bem, eu sei que este blog é sobre futebol, mas como este mote está abandonado por estas bandas, dei-me a liberdade de escrever sobre essa crise econômica.
Crise esta, de proporções catastróficas, digna do mais violento tissunami, inclusive aqui no Brasil - muito longe da marolinha que nosso mandatário mor anunciou.
Em poucas e incertas palavras, pode-se dizer que este cataclisma econômico teve início através de uma crise imobiliária, lá na terrra do Tio Sam que, por sua vez, atingiu os bancos detentores dos créditos imobiliários de lá, causando uma crise de liquidez muito grande, fazendo com que dois grandes bancos de lá quebrassem, alavancando um desespero coletivo incontrolável, fazendo com que todos parassem de gastar (entenda-se: emprestar, investir e fazer dinheiro), desacelerando a economia mundial, gerando a tão temida recessão com suas múltiplas e abissais consequências negativas para todos os setores da sociedade, tantas, que não caberia em um único post.
Ufa!
Mas agora, convido vcs a refletirem sobre um tema; e as empresas que nada tinham a ver com a tal crise do mercado imobiliário? E os outros setores da economia que andavam muito bem, obrigado?
Pelo visto e, junto com todos os outros reles mortais, vão pras cucúias, desamparados, sem eira nem beira, juntando os cacos dos destroços pra se levantarem outra vez. Pobres mortais...mas, há que não os sejam?
Pois é, há. E por incrivél que pareça, são os desgraçados bancos - propulsores da crise econômica, usurpadores do dinheiro alheio, aproveitadores de posição dominante, porém e, muito infelizmente, de incomensurável valor e importância para o sistema capitalista por tantos outros motivos.
Estes desgraçados serão os únicos agraciados com uma ajuda trilionária que o governo estadiunidense - principalmente - artefatou para conter esta crise, que parece ser a pior desde 29.
Sujeito inteligente este, quem criou a atividade bancária.
O pior, é que este pacotão realmente é imprescindível para não piorar o que parece "impiorável".
Logo mais, quando estas medidas paleativas fizerem efeito no moribundo sistema em que vivemos, veremos os bancos "nadar em mar de contentamentos", enquanto o resto, juntando seus restos, passando "graves tormentos", nessa lógica desconcertada que Smith e Locke amaldiçoou a nós.